sábado, 17 de julho de 2010

Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros em Goiás






A natureza da Chapada dos Veadeiros é estudada pelos ambientalistas, cultuada pelos alternativos, amada pelos turistas, cantada em verso e prosa pelos escritores, vivida e preservada pelos moradores. A diversidade dos seres vivos, a imponência das águas, as minas de cristais e a paisagem espetacular deram motivo à criação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros em 1961, pelo IBAMA, e, mais tarde, ao seu reconhecimento como Patrimônio Natural da Humanidade em 2001, pela UNESCO.
Distante cerca de 250 Km ao norte de Brasília e ocupando uma área de aproximadamente 21 mil km², a região abrange oito municípios goianos: Alto Paraíso, Campos Belos, Cavalcante, Colinas do Sul, Monte Alegre, Nova Roma, São João d`Aliança e Teresina.
Se, por um lado, a riqueza do meio ambiente salta aos olhos, a diversidade cultural é revelada aos poucos, a partir do cenário humano, de antiga ocupação (indígenas, bandeirantes, quilombolas, garimpeiros, geraizeiros/chapadeiros), marcada, sobretudo, pelos modos de vida rural e extrativista, mas também, pela presença de novos ocupantes (empresários dos ecoturismo, místicos e visitantes oriundos de todo o mundo). A população do território é de cerca de 60 mil habitantes, dentre eles, o povo indígena Avá-Canoeiro (Minaçu e Cavalcante) e nove comunidades quilombolas, sendo a do Quilombo dos Kalunga (Cavalcante, Teresina e Monte Alegre), a maior área do Brasil e a mais conhecida.
Estudos acadêmicos e inventários estão em vias de patrimonializar as expressões culturais da região, como a Caçada da Rainha (Colinas do Sul). A Chapada, então, é toda Patrimônio! Cultural, Histórico e Natural. Nosso dever é protegê-la e promovê-la. Desfrutá-la e desenvolvê-la.
O Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, que é organizado pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge desde 2001, portanto, a 10 anos, evoluiu a partir da experiência do Festival de Cultura da Vila de São Jorge (Alto Paraíso), nascido em 1998.
Simultaneamente, diversas atividades culturais (Shows, Momentos Rituais, Oficinas, Prosas, Encontro de Capoeira e Feira de Oportunidades Sustentáveis), em diferentes espaços (Aldeia Multiétnica, Palco, Igreja, Espaço Dona Chiquinha e Seo Domingos, Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, Espaço Seo Tilu, Espaço Mamulengo, Escola, Galpão do Artesão e Raizama), propiciam, pelos cinco sentidos, uma intensa apreensão e uma vivência profunda das riquezas da Chapada.
Além de integrar mais fortemente as expressões culturais da região, promove o intercâmbio destas com realidades similares nacionais (Santa Rosa dos Pretos/MA, Povo Kayapó/PA, Povo Krahô/TO, Ganhadeiras de Itapoã e Zambiapunga/BA, Maracatu Leão Coroado/PE, Violas de Cocho/MT, etc.) e com o que é produzido por artistas que atuam em áreas diversas e com diferentes linguagens, de projeção nacional e, até mesmo, internacional, mas sempre ligados à estética das culturas populares e tradicionais (Naná Vasconcelos, Hermeto Pascoal, Siba, Roberto Corrêa, Marlui Miranda, Cordel do Fogo Encantado, etc.).
Para cumprir esta tarefa de base, realiza a mobilização das lideranças tradicionais e a formação artística e cidadã das mais jovens, a exemplo do Projeto Turma que Faz, coordenado pela arte-educadora Dorothy Marques, para a discussão da realidade sócio-econômica dos Povos e Comunidades Tradicionais da Chapada. Atua também no fortalecimento das suas instituições e na introdução de novas formas de associação para a resolução dos problemas comuns, através da demanda de políticas públicas mais efetivas e próximas dos anseios da população local. Atualmente, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região é de apenas 0,68, demonstrando os baixos indicadores de educação formal, renda e longevidade.
As dificuldades iniciais foram sendo superadas com essa atuação política mais incisiva, sobretudo na área da cultura, e com o aprendizado proporcionado pela criação do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, gerido pelo IPHAN. Essa luta obteve, em grande parte da história do Encontro, o patrocínio da PETROBRAS, via Lei Rouanet, além de outros apoios institucionais, públicos e privados, comos os recebebidos este ano através do Ministério da Cultura.
Com a ascenção da cultura e da área social como campos estratégicos para as políticas públicas, uma série de outros programas, ações e projetos puderam ser acessados ou discutidos dentro do processo de organização do Encontro, como o Programa Cultura Viva (Secretaria de Cidadania Cultural), Identidade e Diversidade Cultural: Brasil Plural (Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural), Brasil Quilombola (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), Territórios da Cidadania (Ministério do Desenvolvimento Agrário), Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (Ministério do Meio Ambiente e Ministério do Desenvolvimento Social), o Turismo de Base Comunitária (Ministério do Turismo), o Economia Solidária (Ministério do Trabalho e Emprego), o Arteíndia (FUNAI), dentre outros inúmeros mecanismos. O mais importante foi o maior acesso a eles pela população da Chapada dos Veadeiros para a resolução dos seus problemas e para a afirmação de seu potencial natural e cultural.
A coincidência do aniversário de 10 anos do Encontro com o cenário atual de transição política nos convenceu a construir uma programação que avaliasse o que já foi conquitado e o que ainda precisa ser alcançado. Nossa certeza é a de que os próximos 10 anos serão difícieis, de muito trabalho, mas que, ao final, nossa recompensa será uma Chapada mais consciente de suas potencialidades, preservada e sustentável do ponto de vista ambiental, habitada por comunidades autodeterminadas e protagonista do seu próprio destino.



































Conheça os artistas, grupos e etnias que participam desta X edição do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros.




O que é a Vila de São Jorge e como chegar.

A Vila de São Jorge é um povoado com cerca de 500 habitantes, a 35 km da cidade de Alto Paraíso (GO), no norte do estado. Criada por garimpeiros, a vila é a porta de entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
Pequena e charmosa, São Jorge é cheia de atrativos. Além das belas cachoeiras e trilhas dentro do parque, há bons restaurantes e pousadas.
Como chegar em São Jorge
A Vila de São Jorge está situada na entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a 35 km de Alto Paraíso-GO. O acesso é por estrada de terra a partir de Alto Paraíso. Chega-se de carro, moto, ônibus ou bicicleta.
De Carro / Moto / Bicicleta Partindo de Brasília, siga para a saída norte, sentido Planaltina. Seguindo em frente, cerca de 10 km depois de Planaltina, faça a rotatória entrando à esquerda (há uma placa indicando Alto Paraíso). Siga em frente, passando por São Gabriel e São João D'Aliança. Chegando em Alto Paraíso, há uma placa indicando a entrada para São Jorge (cerca de 1 km antes da cidade). A estrada é de terra. Verifique seu combustível, e caso necessário, abasteça em Alto Paraíso. Em São Jorge não há posto. Vá com cuidado e devagar, pois dos 35 km de estrada, os 14 km finais são de terra.
De ônibusReal ExpressoTel.: (61) 2106-7100 ou (61) 2106-7100 Brasília – Alto Paraiso diariamente - 10h / 21h Alto Paraiso – Brasilia diariamente 13h15 / 01h30
Santo Antonio Tel.: (61) 3234-3997 ou (61) 3234-3997 Brasília – São Jorge, única linha direta: diariamente às 11h (saídas na Rodoviária do Plano Piloto) Brasilia – Alto Paraiso diariamente - 07h / 11h / 15hSão Jorge – Brasília, única linha direta: diariamente entre 09h30 e 10hAlto Paraiso – Brasília, diariamente - 07h10 / 10h / 15h
Sao JoséTel.: (62) 3224-8330 ou (62) 3224-8330 – Alto Paraiso diariamente às 20h / Terça, quinta e sábado às 12h Alto Paraíso – Brasília diariamente às 23h / Segunda, quarta e sexta-feira às 14h
OBS.: Os horários estão sujeitos a alteração. Recomenda-se entrar em contato direto com as empresas responsáveis.
Telefone da Rodoviária de Alto Paraíso(62) 3446-(62) 3446-1359 .

Pousadas, Chalés e Campings
Indicamos algumas locais de hospedagem em São Jorge durante o Encontro de Culturas:
Recanto da Paz
62 3455-1030 ou 62 3455-1030.
Casa das Flores
62 3455-1049 ou 62 3455-1049 .
Toá Rosa
62 3455-1043 ou 62 3455-1043.
Baguá
62 3455-1046 ou 62 3455-1046 .
Nenzinha
62 3455-1023 ou 62 3455-1023 .
Casa Grande
62 3455-1064 .
Chalés Céu Azul
62 3455-1102 ou 62 3455-1102 .
Trilha Violeta
62 3455-1088 ou 62 3455-1088 .
Shamballa
62 3455-1140 ou 62 3455-1140 .
Caminho das Cachoeiras
62 3455-1045 ou 62 3455-1045 .
Alecrim do Campo
62 3455-1118 ou 62 3455-1118 .
Camping do Pelé
62 3455-1107 ou 62 3455-1107 .
Dona Rosa
62 9937-7539 ou 62 9937-7539 .
Nova Esperança
62 3455-1016 ou 62 3455-1016 .
Restaurantes e lanches
Conheça alguns locais para um almoço, jantar ou lanche:
Buritis
(62) 3455-1044 ou (62) 3455-1044 .
Nenzinha
(62) 3455-1023 ou (62) 3455-1023 .
Sabor do Cerrado
(62) 3455-1062 ou (62) 3455-1062.
Téia
(62) 3455-1068 ou (62) 3455-1068.
Pizzaria Lua de São Jorge
(62) 3455-1054 ou (62) 3455-1054 .
Pizzaria Vila de São Jorge
(61) 9966-9013 ou (61) 9966-9013 .
Pizzaria Massas de Jorge
(62) 3455-1022 ou (62) 3455-1022 .













http://www.encontrodeculturas.com.br/2010/index.php

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